COBRAR PELA MEDIUNIDADE?

 

     (...) Deixai o tempo passar: é um grande reformador. Os que põem à venda sua mediunidade fazem como certas pessoas que, abrindo um baralho a seus consulentes, dizem: “Eis um homem da cidade, ou um homem do campo; há uma carta em caminho, eis o ás de ouro.” Quem sabe se, nalguns, não é uma volta ao passado, um resquício de antigos hábitos? Pois bem! tanto pior para os que caem nesta difícil situação. Não lucrarão e lamentarão que um dia hajam tomado o caminho errado.

          Tudo quanto vos posso dizer é que, estando completamente alheio a esse comércio, bem o sabeis, lavo as mãos e lamento a pobre Humanidade, porque ainda recorre a tais expedientes.

 

Jobard

Médium: Sr. d’Ambel

 

Livro:  Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos - Ano VII, 1864

(nº 12 - dezembro de 1864)

Allan Kardec

FEB - Federação Espírita Brasileira