Qual a finalidade da Mediunidade ? do Livro "Diretrizes de Segurança"

 

Qual a finalidade da Mediunidade na face da Terra?

Divaldo Franco responde: A mediunidade é, antes de tudo, uma oportunidade de servir, bênção de DEUS, que faculta manter o contato com a vida espiritual.  Graças ao intercâmbio podemos ter aqui, não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os débitos adquiridos nas encarnações anteriores.

 É graças à Mediunidade que o homem tem a antevisão do seu futuro espiritual, e, ao mesmo tempo, o relato daqueles que o precederam na viagem de volta à Erraticidade, trazendo-lhe informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que ele absorve do contato mantido com os desencarnados.  Assim, a Mediunidade tem uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza das suas responsabilidades de Espírito imortal.  Conforme afirmava o apóstolo Paulo, se não houvesse a ressurreição do Cristo, para nos trazer a certeza da vida espiritual, de nada valeria a mensagem que Ele nos deu.

Há mediunidade mais importante que outras? E médiuns mais fortes que outros?
Raul Teixeira responde: Verdadeiramente não pode haver mediunidade mais importante que outras, nem médium mais forte do que outros.  Existem médiuns e mediunidades.  Segundo Paulo de Tarso, existem os “dons” e ele se refere à visão, à audição, à cura, à palavra, ao ensino, mas disse que um só é o Senhor.  Ela provém da mesma fonte.  Os indivíduos que psicografam, que psicofonizam, que materializam poderão todos realizar um trabalho apostolar na realidade em que se encontram.  Não é o número de possibilidades que dá importância ao médium.  O que engrandece espiritualmente o médium é aquilo que ele faz com os dons que possua.  Verificamos que a importância do médium se localiza na honra que tem de poder servir.
O médium mais forte que outro, na Doutrina Espírita, não existe, mas sim, existem os que são mais dedicados que outros, mais afervorados que outros, que estão renunciando à matéria e efetuando o esforço do auto-aprimoramento mais que outros.  Isso ocorre.  E é esse esforço para algo mais alto que confere ao médium, ou a outro servidor qualquer, melhores condições de estar à frente na lide.  Mas isso não significa que o que venha na retaguarda não poderá alcançá-lo, realizando os mesmos esforços.
O nosso venerável Chico Xavier dizia para os companheiros que o questionavam que o dia em que não chorava, não viveu.  Depreendemos disso que quanto mais se alteia à mediunidade, colocando aquele que dela é portador numa posição de destaque, numa posição de claridade, naturalmente, os que não desejam a luz atirarão pedras à lâmpada, tentando quebrá-la, quando não desejam derrubar o poste que a sustenta.
Daí, o médium mais importante ser aquele que mais disposto esteja para enfrentar essas lutas em nome do Cristo, Médium de Deus por excelência, e o mais importante Senhor da mediunidade que nós conhecemos.
Não caberá nenhum desânimo a nenhum de nós outros que ainda nos localizamos numa faixa singela de mediunidade, galgando os primeiros passos.livro_diretrizes_de_seguran  Isto porque já ouvimos companheiros que gostariam de receber mensagens como o Chico recebia, desejariam receber obras daquele talante, desejariam ser médiuns da envergadura desse ou daquele companheiro que se projeta na sociedade, mas desconhecem a cota de sacrifícios diários, de lutas, de lágrimas, de renúncias a que eles têm de se predispor e se dispor.  Por isso, em Espiritismo, não há médiuns superiores a outros, nem mediunidades mais importantes que outras; existem oportunidades para que todos nós tomemos a charrua da evolução sem olharmos para trás, crescendo sempre.
Numa colocação feita pelo espírito Albino Teixeira através de Chico Xavier, no livro Paz e Renovação, diz ele: “Que o melhor médium para o mundo espiritual não é o que seja portador de múltiplas faculdades, mas é aquele que esteja sempre disposto a aprender e sempre pronto a servir.”
Fonte: Livro - Diretrizes de Segurança , de Divaldo Franco e Raul Teixeira. Ed. Frater.