APARÊNCIA NÃO BASTA
“Tu, porém, quando jejuares,
unge a cabeça e lava o rosto...”
(Mateus, cap. 6 – v. 17)
Neste versículo, anotado por Mateus, fica claro que, ao discípulo do Evangelho, aparência não basta.
De pouco vale o rótulo religioso que exibimos no terreno das convenções humanas.
Rígidas disciplinas espirituais não nos substituem a necessidade de unção do pensamento.
Demonstrações exteriores de crença, sem que nos apresentemos de consciência limpa no altar de nossas convicções, não traduzem sinceridade e não inspiram verdadeira confiança àqueles que nos observam de mais perto.
O que o homem estampa no rosto, raramente corresponde ao que guarda em seu coração.
Ninguém logra esconder de Deus as suas verdadeiras intenções.
Depois da morte do corpo, o crente que iludiu o próximo e explorou a boa-fé alheia faceará profundas e amargas decepções das quais tão cedo não se recuperará.
O céticos mais arraigados sãos os que, em si mesmos, desmoralizaram a fé e, com as próprias mãos, cavaram o abismo da descrença no qual se precipitaram, arrastando consigo multidões de incautos.
Embora repletos de mazelas, não temamos nos mostrar ao Senhor qual ainda somos, porque, em nos observando o esforço honesto de superação, Ele haverá de nos auxiliar a ir além de nossos limites.
Mais de dois mil anos se passaram e, infelizmente, ainda não aprendemos que, em essência, religião é interioridade.
A hipocrisia dos religiosos que “desfiguram o rosto com o fim de parecerem aos homens que jejuam”, tem feito maior mal ao homem do que todas as teorias materialistas reunidas!
Livro: O Jugo Leve