Benjamin Flanklin

Epitáfio de Benjamin Franklin

Um de nossos assinantes de Joinville (Haute-Marne) nos escreveu o que se segue:
“Sabendo da boa acolhida que está reservada a todos os documentos que têm relação com a Doutrina Espírita, apresso-me em vos dar conhecimento de uma passagem da biografia de Franklin, tirada do Mosaique de 1839, página 287; ela prova um vez mais que, em todas as épocas, os homens superiores tiveram a intuição das verdades espíritas. A crença desse grande homem na reencarnação e no progresso da alma se revela inteiramente nas poucas linhas seguintes, formando o epitáfio que ele mesmo compôs; está assim concebido:
“Aqui repousa, entregue aos vermes, o corpo de Benjamin Franklin, impressor, como a cobertura de um velho livro cujas folhas são arrancadas, e o título e a douradura apagados; mas, por isto, a obra não está perdida, porque ele reaparecerá, como o crê, numa nova e melhor edição, revista e corrigida pelo autor.”
Um dos principais cidadãos, de que os Estados Unidos mais se honram, era, pois, reencarnacionista; não só acreditava no seu renascimento sobre a Terra, mas acreditava ali retornar melhorado pelo seu trabalho pessoal; é exatamente o que diz o Espiritismo.
Se se recolhessem todos os testemunhos esparsos nos melhores escritos em favor desta doutrina, reconhecer-se-ia o quanto teve raízes nos pensadores de todas as épocas, e se admiraria menos da facilidade com a qual ela é acolhida hoje, porque pode-se dizer que ela jaz latente na consciência da maioria. Esses pensamentos, semeados aqui e ali, eram as centelhas precursoras que deveriam brilhar mais tarde, e mostrar aos homens o seu destino.

Extraído da Revista Espírita de Agosto de 1865