QUAIS AS FESTAS?
“Quais as festas mundanas que se podem comparar a essas
festas jubilosas, quando, representantes da Divindade,
levais a alegria a essas pobres famílias, que da vida
só conhecem as vicissitudes e as amarguras?...”
- O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XIII, ítem 11
Todo prazer material é efêmero; por mais duradouro, extingue-se com a velocidade de um relâmpago em noite tempestuosa...
As alegrias meramente humanas costumam deixar impreenchível vazio na alma!
A cada dia que passa, mesmo sem que queira, o homem caminha ao encontro de si mesmo, deixando atrás de si um rastro de desilusões.
O que permanece são os bens inalteráveis da alma, a consciência tranquila pelo dever cumprido, a ventura de ter resistido à tentação...
O homem carece de se preparar para os dias de inverno da existência física, quando se lhe empalidecerá o sol da juventude exuberante... E, então, o que dele será, se não tiver boas lembranças do tempo que o Senhor lhe concedeu sobre a Terra?! Como haverá de enfrentar a sua própria imagem refletida pelo insofismável espelho da Verdade, na contemplação inequívoca do que fez de si mesmo?!...
Bem-aventurado aquele que trabalha, investindo no seu porvir espiritual, aquele que sabe renunciar aos instantes fugazes de júbilo em louvor da perenidade dos mais nobres sentimentos!
A alegria de ser útil é uma alegria que não passa!
O homem em profunda comunhão com a Vida não alicerça os seus anseios de realização íntima na transitoriedade das coisas.
Quem descobre a ventura de servir jamais volta a cruzar os braços, tornando-se um cooperador consciente das forças espirituais que tangem o homem no caminho da própria sublimação.
O vinho da ilusão é embriagante e entorpece as faculdades psíquicas do ser, mas o néctar do verdadeiro Amor há de lhe ser alimento para a Eternidade!
Livro: Pedi e Obtereis
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier